quinta-feira, 1 de julho de 2010

Aufklärung



"...não aprender a esquecer nos torna permanentemente amarrados ao passado." Nietzsche, F. 
Me foi dito que, o conhecimento que tenho sobre os fatos do mundo me servem de pouco se não possuo um conhecimento de mim mesmo. E isso me fez pensar, indo muito longe, se tal argumento seria universalisavel? Antes de pensar em responder tal questão é necessário analisar ao que antecede esse questionamento, o que a história traz para que se pense tal questão e suas respostas e sua universalidade.
FATO 1 - Seriam os seres humanos maus por natureza?
Talvez, mas certamente sua corrupção se da pela sociedade. Esse é o mau da educação, que se da de ser humano para ser humano, a corrupção deles torna-se um câncer fadado ser propagado por nós. O que nos torna maus, corruptos, somos nós.
Fato 2 - Há necessidade da história ou a existência de um pensamento natural?
Todos os indivíduos possuem uma história biográfica, nos preceitos da biologia, pois seguem uma ordem natural de nascer, fazer o que há para ser feito, e morrer. Ora, se todos são fadados a nascer e morrer, pensemos no seguinte: se tudo que nasce deve perecer, seria melhor não existir. Por que uma razão natural, ou divina, faria isso, se no fim tudo deve perecer? Acredito que pelo simples fato do que se realiza entre o nascer e o morrer. E não pense simplesmente em seres vivos, pense também em sentimentos, afeições, experiências, sucesso, fracassos, etc. Isso nos leva a uma outra história, que vai além o viés biológico. É uma história das realizações individuais, o que nos impulsiona a agir, a fundamentação de nossos atos. A História do Pensamento.
Fato 3 - As escolhas.
Todas as ações são escolhas, toda escolha é a negação de algo, pois quando optamos agir, optamos por fazê-lo de tal maneira e não de outra. Toda escolha é o fim, a morte. Toda escolha é o início, o nascimento. Assim temos o que nascimento trás a semente da morte e a morte trás a semente da vida. Nada mais óbvio. Fundamentalmente e naturalmente, todos os seres humanos buscam a felicidade, uma verdadeira felicidade, não essas versões escurecidas e dissimuladas que a sociedade nos mostra. Concluindo isso que todas busca pela felicidade implica também uma escolha pelo sofrimento, pela infelicidade.
Retomando: Conhecer o exterior só tem validade quando conhecemos o interior?
Os seres humanos talvez não nasçam maus, mas passam a maior parte da sua vida praticando-a, exercendo-a. A observação, o conhecimento exterior mostram uma coisa nojenta e asquerosa. Seria válido então olhar introspectivamente e reconhecer o mesmo? Obviamente que seria, pois sempre a pior verdade é melhor que a mais bela mentira. E o olhar introspectivo pode nos mostrara a vilania ou a bondade, mas se os analisarmos historicamente sabemos que tanto a vilania e a bondade ão de perecer e de nascer. Nesse momento surge a oportunidade de escolha, seguir praticando a bondade ou a vilania, e se você sabe, e todos realmente sabem, que a Felicidade é o fim último, optariam pela bondade, mesmo sabendo que ela vai perecer, mas desse ponto cabe mas a nós, somo joguetes uns dos outros, ligados por uma razão natural, as escolhas de todos nos afetam, o passado (a história) dos outros nos afeta direta ou indiretamente...

Não tenho uma resposta, eu ainda acredito na felicidade, mesmo sem tê-la tomado em meus braços ainda, talvez eu seja um tolo, um burro ou um idiota. É impossível segurar a mão de alguém e dizer eu nunca vou te machucar. Mas é completamente válido segurar na mão de alguém e dizer: Eu quero que sejamos felizes!
Apesar de tudo isso...

Eu ainda odeio estar aqui!

Livro: Dicas Úteis para uma Vida Fútil, Um Manual para a Maldita Raça Humana - Mark Twain (surpresa);
Som: Hoje está valendo qualquer celtic punk....
Filme: O Grupo Baader Meinhof (porque a verdade sempre está por perto, as vezes com máscaras, mas está por aí);
Maldição: A (In)Justiça.

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