segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

100 dias sem ela, ou, caga na mão e joga!


Hoje completei 100 dias sem beber, e percebi que: ou ando muito preguiçoso para escrever, ou muito ocupado, ou que o álcool é parte integrante da minha inspiração. Ou talvez não.
Isso é quase como uma postagem encomendada, ou algo muito próximo disso, já que foi um amigo, que entende infinitamente mais do que eu da arte da escrita, que disse que seria legal ler algo que eu escreveria sobre uma tal de "hierarquia de necessidades de Maslow".
Nunca tinha ouvido falar dessa zica, e quando me falaram dela, a primeira coisa que falei foi algo muito próximo disso: só um babaca rico e desocupado, que nunca passou necessidades, seria capaz de escrever algo assim. E então passei algumas semanas dando uma estudada, bem superficial, sobre essa tal pirâmide e sobre esse tal Maslow.
Certamente ele não era mal de grana! Nas biografias que passei os olhos, não vi nada sobre as necessidades dele. E para piorar, psicólogo. Aquele tipo de gente que estuda uma pseudo ciência, para resolver problemas que eles mesmos nomearam, e todo aquele meu já conhecido discurso contra psicologia. Um puta charlatão.
Há uma tremenda confusão no que ele diz serem necessidades. Claro, uma corrupção derivada da calamidade que é o mundo moderno, levando em conta que ele escreveu isso lá pelos meados do século XX.
Os dois grandes problemas são: hierarquia e o confuso conceito de necessidade.
A base da piramide dele, necessidades fisiológicas, para mim são as únicas necessidades humanas. As demais são adendos sociais, que vão se aglomerando ao longo dessa (des)evolução. Necessidades são exatamente isso, coisas com as quais seria impossível viver. E eu consigo ver claramente que é possível viver se coisas como: emprego, plano de saúde, seguro de vida, títulos de um clube de campo, ambientações sociais, reconhecimento de outras pessoas, entre outras hipocrisias muito fundamentadas no conceito judaico-americano de acumulo de capital!
"What humans can be, they must be: they must be true to their own nature!"
E essa frase, quado destruída, faz ruir toda essa merda de pirâmide, que para infelicidade do Giorgio Tsoukalos, não foi erguida por alienígenas, mas por um alienado.
Oras, se os seres humanos devem ser verdadeiros para com sua natureza, que natureza é essa? Nossa natureza é de bípedes aplumados. Não de grotescos acumuladores de um deus de papel, que corrompe valores, escravista, usurpador de liberdades e pisador de mais fracos!
Por outro lado, se nos envolvermos com essa "natureza" que vem sendo construída ao longo dessa sórdida história, bem, nossa "natureza" é a da auto-aniquilação!
Vejam bem, não sou totalmente contra o capitalismo! Não sou nenhum esquerdopata vestido de vermelho empunhando uma foice e um martelo. Sou um utopista! Mas hierarquizar necessidades forjas em cima do acúmulo de riqueza e , o tido, bom desempenho social, me parece, no mínimo, um disparate.
É possível colocar essa merda de pirâmide no chão, com três, quatro, páginas de Walden, do Thoreau.
Deixe-me aniquilar tudo que não é vida! Para quando na hora da morte perceber que não vivi!
Mas para felicidade, o contentamento da grande maioria, citando Fred 04, o onipresente deus Nike venceu, e hoje somos escravos de necessidades não necessárias para o desenvolvimento da vida, intruidada sobre o frágil reflexo da vil postura social!
Tão raro nos são os reais e efetivos momentos de mudança. Tão vulgares são essas ditas mudanças que nos são impostas por grandes seres gigantes e tentaculosos e mucosos ditando os tramites, desejos, pseudo-necessidades de nossas vidas. Então, quando as reais mudanças te chamarem pelo nome, não meu caro, não fuja! Corra como um louca cão raivoso sobre ela, deflore-a (numa putaria romântica, com consentimento) aos olhos de todos, aproveite seu gosto e seu regozijo!
O mundo é um eterno vir-a-ser, que hoje se encontra estagnado, e todos pensam e fingem muito bem em ver que está tudo mudando! 
Um total descaralhamento de nossas puras-vontades, vontades essas que poderiam sim gerar sinceras e efetivas coisas, que o pútrido Sr. Maslow achou que poderíamos chamar de necessidades.
Contudo, levando em conta que essa merda de baboseira criada e considerada por pseudo-cientistas é estimada pela área da administração, que sustenta e lida com sistema moderno, tá tudo certo!
E eu só queria seguir a nossa natureza símia e continuar de boa no galho, cagando na mão e atirando nos outros, e depois usar a mesma mão para comer uns insetos e frutas, e morrer de alguma infecção, com uma imensa senção de vida vivida e dever cumprido!
Enquanto isso...
Eu ainda odeio estar aqui!

Som: Megh Stock - Em voz alta (...fora dessa estória Quem sou eu? Quase que uma sombra, e quando o sol se esconde, me vejo ali, sumindo!...)
Livro: O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota - Olavo de Carvalho (apesar de ser um dos últimos reacionários de efetiva direita, o seu Olavo argumenta muito bem contra essa coisa escrota denominada de esquerda, altamente atuante no Brasil.)
Filme: Branded, ou The Mad Cow, ou ainda Москва 2017 (...Uma oportunidade única agora está diante de você! Chegou a hora de fazer uma depuração na mente dos consumidores...)