segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sinto vergonha, ou, tenho vergonha na cara!


Esses são os nomes dos aposentados fraudulentos da ALESC:
Albertina Prates de Souza
Amadir Manoel de Matos
Ari de Freitas Cunha
Ester Iracema Schulenberg
Gaizito Haerbest Luiz Nuernberg
Jandira Uliano Rodrigues
Lindomar Pessi
Lucia Regina Blumentritt
Lurdete Soares dos Santos
Odete da Silva
Rosilda Uliano Effting
Tania Regina Barcelos Pacheco
Terezinha Elizabeth C. Amarante
Valter Clementino Pereira técnico
Walmir Adão técnico legislativo 
Zelia Terezinha de Souza
Marilda Correa Bittencourt
Roberto Luiz Bousfield
O nome do desembargador que assinou as liminares que concedem o direito desses aí continuarem recebendo seus salários, sem precisarem trabalhar, é Robson Luz Varella.
E o advogado que representa 16 dos inválidos da lista ali em cima é o Pedro Queiroz.
E se você acha isso um absurdo sem tamanho, uma vergonha abissal a e uma afronta a todos contribuintes e cidadãos, não cole isso no seu mural, marca os nomes e se souber quem é, cospe na cara quando passar na rua!


PS: se você tem uma imagem de qualquer um dos nomes nessa lista, ou algum nome que não está na lista, entre em contato! E ajude a divulgar a ideia!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O espantoso futuro, ou, não há final feliz à partir daqui....

Por esses dias estava assistindo um jornal e, para minha sorte, me espantei ao escutar uma notícia que dizia algo como: uma criança de 11 anos e um adolescente de 13 anos foram detidos pela policia militar após terem roubado um carro. Ambos foram pegos momentos após o furto, consumido maconha dentro do veículo recém roubado!
Mas analisando o fato, não sei bem o que me espantou, pois analisando pontualmente, não é nada que ninguém já não esteja cansado de saber. Talvez o que tenha me surpreendido mais seja o fato deles serem pegos consumindo maconha, e não crack. Sabemos bem que há um enorme número de menores assaltantes, um número tão grande quanto, de menores consumindo drogas, não estou bem informado sobre menores na direção, mas penso que o número seja menor do que na minha menoridade.
Atravessando o Atlântico, vemos uma onda de violência e horror surgindo no antigo continente, e isso também é algo que espanta, os pilares do velho mundo ruindo de uma forma que poucas pessoas ousaram pensar. Sendo destruído por si mesmo, corrompido por um câncer que ele mesmo vem alimentando à séculos. Ao mesmo tempo que vemos a terra da liberdade tomando o mesmo rumo de sua pátria mãe, o tio sam está indo mal das pernas, e dessa vez não há muita gente para ajudá-lo.
E ainda por cima temos toda essa especulação sobre o fim dos tempos surgindo no crepúsculo de 2012, solar flames, movimentos estelares desconhecidos, calendários pré-colombianos, e todas essas bobagens da nova era.
Será que o que estamos vendo agora são os indícios do fim dos tempos?
Algumas pessoas comentam engrandecidas que os países poderosos estão ruindo e que os novos-ricos vão assumir seus lugares, que o Brasil está se aproximando da sua profetizada posição de país do futuro... FODAM-SE!!!
Fodam-se, primeiro por esquecerem que essa bola de lodo nojenta tem uns duzentos e não sei quantos países, e até onde sei, temos poucas informações de muitos deles, para sairmos especulando sobre nossa apolínea ascensão, e tem a China também!
Fodam-se, segundo porque um país que possibilita que existam crianças pratiquem atos que nem gente grande deveria praticar, que pouco se importa com a nossa educação, com nossa saúde e bem estar, mas se importa muito com salários milionários para pessoas exemplares como o imortal José Sareny, não merece nada mais do que o lixo!
As poucas pessoas que perdem um precioso tempo de suas vidas lendo estas linhas tão cheias de nada que escrevo vez por outra, muitas vezes, imagino eu, devem me odiar por escrever tantas bobagens! Mas a minha primeira regra para um vida boa é: Não tenha nenhuma reputação para com que se preocupar!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sade, Hobbes, Bauman e Thoreau ou, Quero a violência para ímpios e a serenidade para os que merecem!

Quase um mês desde o início da minha experiência antropologia.
E, aparentemente, as coisas mudaram um pouco. Valores e concepções renovados.
Melhor, vou começar do começo, está tudo parecendo meio vago.
Uns 45 dias atrás decidi começar um experiência antropológica, comigo e com o mundo, para (re)avaliar alguns valores, meu ódio e desprezo pelos seres humanos, a hipocrisia da sociedade, o mal canceroso oriundo as grandes cidades, definições sobre misantropia seletiva, entre outros tantos assuntos que normalmente paro para pensar. A experiência basicamente se baseia numa mudança radical, sair do centro urbano onde morava e me estabelecer em uma cidade interiorana, com tudo que há de diferente para ser diferente, claro com a exceção do ser habitada por seres-(des)humanos! (ainda não tive a sorte de ser abduzido, levado aos céus, enviado ao centro da Terra, e coisas desse tipo)
Voltando.
E nesse quase mês que estou aqui, vi coisas que esperava ver mas também vi coisas que sequer havia imaginado.
Felicidade e essas coisas continuam como conceitos muito abstratos para algum tipo de compreensão empírica, talvez aquela frase de que apenas a dor ensina seja muito mais verdadeira do que imaginemos, ou talvez eu seja cada dia mais cego; cada dia minha indiferença me afaste mais da clareza e distinção que tanto busco.
Eu vi as mazelas corruptivas dos seres-(des)humanos por aqui também, sinal de que não é a "grandeza" do meio que nos torna esse treco gosmento e rastejante que somos. No entanto, tive contato com muitas pessoas boas, como poucas tive o prazer de conhecer (não que as ruins não sejam legais, afinal, acredito que as melhores pessoas que já tive o prazer de chamar de amigo não receberiam o rótulo de boas; mas pouco me fod* para pessoas com rótulos, que são coisas importantes em estantes de supermercado!), e muitas delas se tiveram sua formação intelectual-observativa-do-mundo em centro metropolitanos, e ainda mais, algumas pessoas dessas boas tiveram a formação intelectual-observativa-do-mundo formadas aqui mesmo!!
Nunca tive certeza sobre a teoria de Hobbes, que sejamos maus, vis, por natureza; apesar de concordar muito com isso. Mas também pensava que a nossa estrutura social ajudava a construir essa força destrutiva que somos nós...
Agora tenho certeza de que ambos aspectos são inteiramente válidos, mas que nem por isso vamos seguir esse destino fatídico. Cada cumpre o seu destino, ele não (deveria) se dobrar as vontades do outros somos o que fazemos para nós e para os outros. Por isso somos, na grande maioria, os cães do Diabo. Mas também podemos ser úteis!! E as pessoas que se dão conta disso e vão mudando pequenos aspectos de suas vidas seguindo essa ideia, são o que há de mais esquisito e mais bonito na praga da humanidade!!!
Óbvio que todo essa minha briga e desamor com todos, não revela meu lado útil para humanidade, mas até aí, penso que não tenho um! Sou só mais um babaca arrogante vomitando o que ele considera sinceridade para as pessoas que não estão nem ouvindo!
Alguém pode se(me) perguntar: o que eu ganho com isso? Se isso só faz pensar e ver o que há de pior nas pessoas!
E eu respondo, que quero apenas que as pessoas se choquem novamente, que abdiquem dessa liberdade vigiada em nome de algo maior, pois, "se um idiota faz um regra, um imbecil vai segui-lá", e isso não é um futuro, não é uma vida. Quero a liberdade, quero que o mundo volte a nos espantar (de uma maneira fascinantemente boa), quero uma vontade pura, que busque e desperte o que há de melhor em cada um de nós. E principalmente que despertemos dessa "existência de tranquilo desespero"!

Som: Paralamas do Sucesso - O Beco (... nada perturba o meu sono pesado; nada levanta aquele corpo; jogado; nada atrapalha aquele bar ali na esquina; aquela fila de cinema; nada mais me deixa chocado! Nada!...)
Livro: Vidas Desperdiçadas - Zygmunt Bauman (Nosso planeta está cheio, não somente do ponto de vista físico e geográfico, mas também social e político. Já não há mais espaço para esse lixo humano produzido pela sociedade de consumo...)
Filme: Saló, ou, 120 dias de Gomorra (eu vejo os círculos do inferno, eu vejo um retrato do fascismo, e vejo também um retrato da sociedade atual, tudo bem escondidinho, mesmo que numa banheira de merda!)
Pare para pensar!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Vida

"a vida é uma tragédia para aqueles que sentem, e uma comédia para aqueles que pensam..."
O tio Schop geralmente acerta, mas dessa vez eu discordo. A vida, tanto para os que sentem quanto para os que pensam, é sempre uma tragédia. E uma tragecomédia apenas para os Deuses!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Misantropia seletiva, ou, a vida não é uma merda

Voltei, depois muito tempo, férias, coisas a resolver, e principalmente porque as idéias já começam a ficarem apertadas aqui dentro. Sem esses momentos de expressão acho que minha cabeça talvez exploda ou talvez me torne uma besta selvagem, ou talvez não aconteça nada. Por via da dúvida, prefiro não arriscar.
Muitas coisa que mereciam ser escritas aqui, coisas importantes que deveriam ser ditas, passaram e uma delas é o carnaval, mas isso deixo para o próximo ano...
Me deparei esses dias com alguém que disse ler essas coisas perdidas que aparecem por aqui, o que me surpreendeu, mas o que deixou ainda mais foi ela conversar sobre essas coisas. E num dado momento, ela deixa claro que sou uma pessoa presunçosa e arrogante, além de dizer que a vida é uma merda!
Parando para reler tudo que já escrevi por aqui, notei que erroneamente as pessoas podem inferir isso dos textos, mas digo, com certeza, que nunca afirmei que a vida fosse uma merda! Sobre minha presunção e egocentrismo não sei o que dizer, no máximo um: "não!"
A VIDA NÃO É UMA MERDA... Mas as pessoas, em sua grande maioria, e generalizando, são. Gosto sempre que possível de exercer minha misantropia, seres humanos tem muitos defeitos, centenas deles, em milhares de graus, e por isso me afasto. Mas tem um deles, apenas um, que me incomoda MUITO, e faz com que eu deseje MUITO odiar estar aqui... Educação, ou melho, a falta dela.
Falta da educação básica, aquela que recebemos de nossos, pais, avós, ou coisas que se assemelham. A boa educação, que hoje alguns kalinianos chamam de etiqueta (blagh), uuns bons bom dia, boa tarde boa noite; os velhos e eficazes com lincença, por favor, de nada, obrigado. Respeitar  filas, os mais velhos... Essas coisas, essas coisa tão importantes que se perderam pelo caminho é que me fazem odiar MUITO estar aqui...
Não pense em um ódio desesperador e sem razão de existir, pois não é o caso. Tenho visto que isso é um mal coletivo, assombra muitas pessoas. Esse mal oriundo de uma existência vazia, da carecia de significado e objetivo nas coisas e na vida, nesse mundo pós-contemporâneo ou extra-moderno. Fico olhando o mundo ao redor e fazendo milhares de centenas de perguntas, sobre os objetivos das coisas das pessoas e seus atos. Vidas futeis (isso também, muito certamente, incluí a minha) vivendo num eterno vir-a-ser e nada é, tudo parece um estado de torpor, mesmo com todo esse movimento ao redor, todo esse chamado desenvolvimento que se têm hoje, tudo parece continuar parado. Estagnado. Morto.
Isso não é por causa do mundo ou da vida, é por nossa causa, nos deixamos ser carregados por uma letargia vazia porém comoda, nossas mentes e corpos se acomodaram no vazio existencial da zona de conforto.
O mundo não é uma merda, o vida não é uma merda, os seres humanos são, e muito provavelmente sempre foram e sempre serão. Uma dessas exaltações racistas, que as pessoas chamam de piadas, retrata, ao menos para mim, esse sentimento para com os seres humanos, sejam eles da cor, credo, sexo, ou o diabo que o seja, pois sempre que trato de seres humanos, trato de criaturas monomórficas homogêneas, assexuadas e agnósticas. Esse sentimento em relação aos seres humanos não me torna um psicopata capaz de entrar numa escola cheia de crianças e assassiná-las sistematicamente, acredito sim que um mundo e uma vida melhor começariam com o fim de todos seres humanos, mas não dessa maneira. Suicídio Coletivo, eu aprovo essa idéia!
Misantropia seletiva, não é psicopatia, não é uma doença... então larguem esses malditos DSM e não me encham o saco...
Eu odeio estar aqui!

SOM: Heaven Beside You - Alice In Chains (porque se o paraíso está ao seu lado, o inferno vem com ele);
LIVRO: Scott Pilgrim Vs O Mundo -  e leia bem as entrelinhas, do contrário, ou os livros são uma bobagem sem tamanho ou você é!
FILME: The Sunset Limited;

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Um texto antigo, sobre um momento que passou nessa ilha...

O mundo continua girando,
eu não sei porque, mas uns dizem que é por causa de algumas leis naturais. Tenho minhas dúvidas! Acho que Deus faz o mundo girar para deixar os seres humanos tontos, pois assim eles fazem merda e o bom Deus diz: Eles fazem merda pois estão tontos, nada a ver com esse lance de imagem e semelhança.
Se não me engano, não há um dia em que se ouça um ser humano falando uma bobagem sem tamanho. E vou além, explicando que alguém que fala algo por falta de instrução, não considero uma bobagem sem tamanho. Muito pelo contrário, penso que as pessoas mais "instruídas" nesse mundinho globalizado de hoje é que falam mas maiores bobagens. As vezes por egocentrismo, corrupção oriunda dos meios de comunicação das massas, idiotice, sei lá. Mas sempre tem um imbecil falando bobagem (o que nada impede que eu seja um desses nesse exato momento).
E isso me da muita raiva, pessoas falando merda sem sequer pararem para pensar. O que uma idiotazinha metida a highclass com sua mãozinha de paty semi-levantada gesticulando em círculos, enquanto sua voz forçadamente esganiçada, para dar impressão de uma ainda mais falsa juventude, falava agredindo os aparelhos auditivos, e porque não o cérebro, de todos que estavam por perto: - Eles fazem uma votação para X (um artista famoso que vai fazer um show por aqui) vir para o Brasil, Floripa é a mais votada e aquela populaçãozinha faz abaixo-assinados e outras coisas para impedir. Essa gente mané mesmo.
E sua muito provável orgulhosa mãe, retruca: - Esse povinho na sabe nada. Por isso não vai pra frente!
Depois dessas grandiosas palavras tentei me concentrar em elefantes voadores, contas para pegar e até mesmo em exobiologia, para poder seguir meu caminho sem para de maneira psicótica e verbalizar uma centena de coisas para essas duas pobres criaturas...
Não vou dizer que sou contra ou a favor do show, nem mesmo que estou contra ou a favor da população. Pois eu sou a favor de cultura para todos, desde que isso não venha a provocar transtornos a população. É claro que grandes eventos são bastante complicados de se realizar sem causar transtornos, mas alguns transtornos cotidianos podem ser enfrentados. O caso é que tudo foi muito mal organizado e agora que vai tomar, para variar, e a população local. E os imbecis que não fazem a menor ideia do que é morar numa praia, pois só aparecem nos dias de sol e calor, acham um absurdo as pessoas irem contra algo tão "legal".
O pior não são as pessoas burras, são as pessoas com todas as possibilidades de serem, pelo menos, mais racionais, mas por preguiça ou pura incompetência pensam com a cabeça enfiada no cú!
O primeiro parágrafo é contraditório, pois a culpa acaba recaindo em Deus, novamente. Mas e daí, já que "os homens culpam os deuses de nós, dizem eles, vem o mal. Mas através de sua própria perversidade,
e mais do que merecem, encontram... A tristeza."
E a tristeza é uma das poucas ainda puras inspirações, então, CUIDADO. Se você estiver arrotando bobagens, como a mais pura verdade, posso estar passando, e um dia, quem sabe um dia, eu simpesmente vire e comece com meu ataque psicótico verbal, ao invés de colocar, todo o rancor e nojo, ódio e indiferença, raiva e inconformismo, que sinto por vocês, nessa folha de papel virtual, que tão poucos passam os olhos...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Trilobitas superdesenvolvidos, ou, celulares reluzenes

Esses dias fiz aniversário. OK, a maioria diria: e daí!; ou, grandes coisa! E eu concordo plenamente, e daí? O que faz de mim ou data que eu nasci algo relevante? Absolutamente nada.
Nós, mamíferos, temos um tempo estimado de vida de aproximadamente 5 milhões de anos, isso até parece muito, mas não é!
Essa bola de lodo que chamam de terra, tem aproximadamente 5 bilhões de anos, o que pare muito, o que faze sentido quando pensamos que 5 milhões já seria muito. Mas o universo estimasse que tenha 13,8 bilhões de anos, o que não é muito se levarmos em conta a idade da nossa galáxia, a Via Láctea, que tem aproximadamente 13,4 bilhões de anos! Ou seja, entre 0 e 10 elevado à -43 segundos (tempo de Planck), 27 anos (minha idade), 5 milhões (tempo estimado de vida dos mamíferos),  ou 13,8 bilhões (idade aproximada do universo), não faz diferença alguma, ou ainda como já dizia o tio Beto: o tempo é relativo!
É dito que na natureza nada se perde, tudo se transforma, então uma trilobita ou mesmo um de nós, somos nada mais nada menos do que alguma coisa que estava lá no meio da Grande Explosão! Ou seja, somos alguma coisa com uns 13,8 bilhões de anos.
Hoje voltando do almoço passei próximo de um campo de pouso de helicópteros, dum hospital. E são nesses momentos que meu ódio, rancor, amargura , irá, etc, afloram da pior forma possível. Vários seres-humanos que por alí estavam pararam tudo que estavam fazendo para ficarem olhando a desgraça de outrem. E não só isso alguns outros ainda mais exaltados sacaram seu reluzentes celulares para gravarem alguém que, penso estava num estado terrível (não parei para olhar, sequer virei o rosto para ver). Alguém sabe me dizer o porque desse comportamento deplorável? Nessa horas me sinto enjoado, me envergonho de pertencer a essa raça maldita. Não considero que leve o peso do mundo nas minhas costas, acho que é só um tipo de constrangimento pelo que todos os outros imbecis fazem!
Ok, posso ter esses tais 13,8 bilhões de anos ou mesmo meus 27, mas não preciso mais do que a lembrança de 5, ou menos anos, para ter bem clara e distinta a idéia...
Eu Odeio Estar Aqui!

Livro: Sociedade de Consumo - Livia Barbosa;
Som: Throwing Muses - Flood (Meu olhar dolorido, meus olhos doloridos...);
Filme: A Comilança (Le Grand Buffet) - é sempre bom manter os olhos abertos pra ver o que a desagradável, mas real...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Feliz ano novo, ou, somos todos um desastre natural!

Dezoito dias atrás várias pessoas dessa bola de lodo nojenta, que chamam de Terra, estavam comemorando, sabe-se lá porque, um novo ano. Cheias de fé e esperança que tudo há de se realizar, e todo aquele blá blá blá de todos os outros Réveillons que antecederam esse. 
Um novo ano que nada tem de novo, que não é anda mais do um dia depois do outro. Ninguém faz alarde quando outubro vira novembro, poucos fazem alarde quando inverno vira primavera e por aí vão muitos exemplos. 
Todos os votos parecem meio automáticos, uma espécie de roteiro previamente estudado e decorando durante todo ano, para ser apresentado no dia 31 de dezembro. E o que há de tão especial no dia 31 de dezembro? Eu não faço ideia, é só mais um dia de ostentação luxuriosa e exaltação dos "grandiosos valores" da pós modernidade. Isso me enoja! 
O mais curioso é que de tudo que tenho observado no mundo nesses últimos 18 dias, nada parece indicar que os votos de Réveillon tenham surtido efeito. Disso, concluo o seguinte: ou Deus não gosta mais de vocês ou essas datas comemorativas fazem tanto sentido quanto as do calendário juliano ou do calendário romulano (nada de piadas trekkies, ok?). 
Quer desejar algo de bom para alguém, comece fazendo algo de bom para alguém. E o faça apenas nas datas pré-estabelecidas de sua agenda, pois todo dia é um bom dia para desejar graças, felicidades, prosperidade e saúde; todo dia é um bom dia para abraçar quem você gosta, e dizer "eu te amo". Todo dia é um bom dia para ser um boa pessoa, se é que isso ainda é possível nos dias de hoje! 
Aproveitando o tópico "boas pessoas", vou falar um pouco sobre essas respostas naturais que estão sendo maciçamente mostradas nos jornais e telejornais. Primeiramente, vejo como no mínimo absurdo, chamar o que vem acontecendo de desastre natural ou catástrofes climáticas, isso por que não há desastre nenhum na chuva arrancar terra por onde passa, vejo isso como uma coisa bem natural, o desastre que vejo, é a expansão humana desenfreada, sem medir os limites da natureza, do bom senso, do correto.
Quero saber o que é um desastre natural, bom, é o desenvolvimento de organismos unicelulares em organismos complexos multicelulares que por sua vez se desenvolveram em bipedes aplumados com polegares opositores, isso é um desastre natural! E agora não venha me julgar com palavras como: falta de solidariedade, sem coração e todo esse arroto de humanidade e civilidade de novela das 8. Pois eu me sensibilizo com a desgraça dos outros, eu sinto a dor dos outros, mas felizmente tenho bom senso e juízo e olhar e raciocínio para saber que culpa de tudo isso é nossa, não preciso culpar algo metafísico para justificar nossos erros, esconder nossa culpa e mascarar nossa vergonha. Até porque, mesmo quando estamos falando de catástrofes locais, estamos o fazendo norte-americanizadamente, lembro de alguém no jornal falando,"aqui nós não temos terremotos e furacões como nos Estado Unidos e blá blá blá", porque para mim, dizer que a culpa é da natureza e dizer que a culpa é do Curupira, é mentir igual! 
Eu odeio estar aqui!!!

Livro: A Piada Mortal - porque no final o que vale é sentar a mesa com seu pior pesadelo e rir das desgraças da vida;
Som: Qualquer Dexter Gordon vale pra aplacar a raiva e a melancolia e a sanidade do cotidiano...
Filme: Número 9 - porque a vida, como um jogo eletrônico, deveria ter um botão de "reset"!
Idéia: procure se informar sobre a origem do nosso calendário, dias, dias da semana, meses e anos. E depois faça um contra-ponto dessas observações com dogmatismos religiosos, pois acreditar em deus, não é ruim, o ruim é perder a liberdade em nome de dogmas!