segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

100 dias sem ela, ou, caga na mão e joga!


Hoje completei 100 dias sem beber, e percebi que: ou ando muito preguiçoso para escrever, ou muito ocupado, ou que o álcool é parte integrante da minha inspiração. Ou talvez não.
Isso é quase como uma postagem encomendada, ou algo muito próximo disso, já que foi um amigo, que entende infinitamente mais do que eu da arte da escrita, que disse que seria legal ler algo que eu escreveria sobre uma tal de "hierarquia de necessidades de Maslow".
Nunca tinha ouvido falar dessa zica, e quando me falaram dela, a primeira coisa que falei foi algo muito próximo disso: só um babaca rico e desocupado, que nunca passou necessidades, seria capaz de escrever algo assim. E então passei algumas semanas dando uma estudada, bem superficial, sobre essa tal pirâmide e sobre esse tal Maslow.
Certamente ele não era mal de grana! Nas biografias que passei os olhos, não vi nada sobre as necessidades dele. E para piorar, psicólogo. Aquele tipo de gente que estuda uma pseudo ciência, para resolver problemas que eles mesmos nomearam, e todo aquele meu já conhecido discurso contra psicologia. Um puta charlatão.
Há uma tremenda confusão no que ele diz serem necessidades. Claro, uma corrupção derivada da calamidade que é o mundo moderno, levando em conta que ele escreveu isso lá pelos meados do século XX.
Os dois grandes problemas são: hierarquia e o confuso conceito de necessidade.
A base da piramide dele, necessidades fisiológicas, para mim são as únicas necessidades humanas. As demais são adendos sociais, que vão se aglomerando ao longo dessa (des)evolução. Necessidades são exatamente isso, coisas com as quais seria impossível viver. E eu consigo ver claramente que é possível viver se coisas como: emprego, plano de saúde, seguro de vida, títulos de um clube de campo, ambientações sociais, reconhecimento de outras pessoas, entre outras hipocrisias muito fundamentadas no conceito judaico-americano de acumulo de capital!
"What humans can be, they must be: they must be true to their own nature!"
E essa frase, quado destruída, faz ruir toda essa merda de pirâmide, que para infelicidade do Giorgio Tsoukalos, não foi erguida por alienígenas, mas por um alienado.
Oras, se os seres humanos devem ser verdadeiros para com sua natureza, que natureza é essa? Nossa natureza é de bípedes aplumados. Não de grotescos acumuladores de um deus de papel, que corrompe valores, escravista, usurpador de liberdades e pisador de mais fracos!
Por outro lado, se nos envolvermos com essa "natureza" que vem sendo construída ao longo dessa sórdida história, bem, nossa "natureza" é a da auto-aniquilação!
Vejam bem, não sou totalmente contra o capitalismo! Não sou nenhum esquerdopata vestido de vermelho empunhando uma foice e um martelo. Sou um utopista! Mas hierarquizar necessidades forjas em cima do acúmulo de riqueza e , o tido, bom desempenho social, me parece, no mínimo, um disparate.
É possível colocar essa merda de pirâmide no chão, com três, quatro, páginas de Walden, do Thoreau.
Deixe-me aniquilar tudo que não é vida! Para quando na hora da morte perceber que não vivi!
Mas para felicidade, o contentamento da grande maioria, citando Fred 04, o onipresente deus Nike venceu, e hoje somos escravos de necessidades não necessárias para o desenvolvimento da vida, intruidada sobre o frágil reflexo da vil postura social!
Tão raro nos são os reais e efetivos momentos de mudança. Tão vulgares são essas ditas mudanças que nos são impostas por grandes seres gigantes e tentaculosos e mucosos ditando os tramites, desejos, pseudo-necessidades de nossas vidas. Então, quando as reais mudanças te chamarem pelo nome, não meu caro, não fuja! Corra como um louca cão raivoso sobre ela, deflore-a (numa putaria romântica, com consentimento) aos olhos de todos, aproveite seu gosto e seu regozijo!
O mundo é um eterno vir-a-ser, que hoje se encontra estagnado, e todos pensam e fingem muito bem em ver que está tudo mudando! 
Um total descaralhamento de nossas puras-vontades, vontades essas que poderiam sim gerar sinceras e efetivas coisas, que o pútrido Sr. Maslow achou que poderíamos chamar de necessidades.
Contudo, levando em conta que essa merda de baboseira criada e considerada por pseudo-cientistas é estimada pela área da administração, que sustenta e lida com sistema moderno, tá tudo certo!
E eu só queria seguir a nossa natureza símia e continuar de boa no galho, cagando na mão e atirando nos outros, e depois usar a mesma mão para comer uns insetos e frutas, e morrer de alguma infecção, com uma imensa senção de vida vivida e dever cumprido!
Enquanto isso...
Eu ainda odeio estar aqui!

Som: Megh Stock - Em voz alta (...fora dessa estória Quem sou eu? Quase que uma sombra, e quando o sol se esconde, me vejo ali, sumindo!...)
Livro: O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota - Olavo de Carvalho (apesar de ser um dos últimos reacionários de efetiva direita, o seu Olavo argumenta muito bem contra essa coisa escrota denominada de esquerda, altamente atuante no Brasil.)
Filme: Branded, ou The Mad Cow, ou ainda Москва 2017 (...Uma oportunidade única agora está diante de você! Chegou a hora de fazer uma depuração na mente dos consumidores...)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Conselho para criança, ou, dados e mais dado

O discurso da presidente, foi uma lastima, uma vergonha, uma coisa medonha e hipócrita. Aquela jumenta simplesmente fez a mesma coisa que as manifestações; um vai para as ruas e diz tudo que há errado no país, sem ser muito pontual no que fazer para corrigir, mas até aí, encarregamos pessoas através do sistema democrático para fazerem isso, e a outra vai para a mídia dizer que vai arrumar tudo, sem explicar como! Mas afirma que haverá um plebiscito, ninguém sabe o que será plebiscitado, afinal, reforma politica é um termo bem genérico! Elá também afirmou que haveria uma reunião com prefeitos e governadores, para arrumar tudo. E realmente o fez, com uma proposta já concreta que apenas foi apresentada aos nossos representantes. Isso me parece exatamente, novamente uma similaridade com as manifestações, como esses revolucionários do facebook que vá para as manifestações só pra postar foto no facebook, no caso dela era só para bater uma foto com a rapaziada toda e dizer que está fazendo o que prometeu. Teve também o lance dos royalties, que foram encaminhadas essa semana para o senado, que pode ou não aprovar; e o pessoal da Câmara foi bem malandrinho, mudando o texto da presidente, pra dizer: Fica ligado que a gente também tem opinião aqui! E acho que as mudanças vetadas e aceitas por eles foram muito boas;
Agora, voltemos ao plebiscito. É uma manobra bastante estúpida, e alguns dizem que é também inconstitucional, pelo seguinte motivo: Temos uma Câmara e um Senado que podem sim fazer mudanças politicas, mas para isso é preciso deixar que eles trabalhem! Claro, sabemos que tem uma corja infectada de paumolismo moral, que estão pouco se fudendo para a população, no entanto, ultimamente estamos sendo governados através de Medidas Provisórias, e se você não tem noção do que é isso, deixe de ser alienado e vá ler um pouco vou explicar, o executivo além de fazer seu péssimo trabalho de executivo, passa por cima, ou, se faz de legislativo. O que é claramente uma afronta a democracia!!
Questões informativas!
Você sabe o que é um plebiscito?, e um referendo? e uma constituinte?

Constituinte: é uma assembléia que reúne um pessoal escolhido, sabe-se lá por quem, para dar um reformulada, ou até mesmo reescrever, a constituição. Mas essa porra nem pode acontecer aqui, porque alguém acabou esquecendo de deixar isso bastante claro na Constituição de 1988. Logo, quem fala em constituinte pode estar falando sobre outra coisa, mas não uma Assembléia Constituinte.
Plebiscito: é um lance que apenas o legislativo pode convocar, logo, a marionete guerrilheira não pode dizer que vai convocar um plebiscito, o problema de ficar governando através de MP é esse, você acaba esquecendo como a máquina funciona. O lance é que o Congresso chama o plebiscito, a população vota, e o resultado volta para o Congresso, e nesse ponto, a gente se fode de novo. A Constituição não diz que o Congresso tem que aceitar o resultado, é só uma consulta!
Referendo: esse poderia servir... O Congresso vai lá e aprova um determinado texto X, no caso atual a reforma política, e o texto é enviado em forma de perguntas, que podem ser quantas se achar necessário, para o povo votar sim ou não. E isso ocorre como uma eleição mesmo, com direito a propaganda em rádio e tv e tudo mais.

Agora vamos aos golpes numéricos, que tornam a arapuca da velha comunista, bastante funcional, para ela. O lance é fazer de conta que o povo vai descidir algo.
Dilma foi para o 2º turno das eleições de 2010, com mais de 47 milhões e 500 mil votos! Bom, o dia que mais houve gente nas ruas, haviam aproximadamente 3 milhões. Vamos supor que temos ainda um número 5 vezes maior de pessoas que não foram as ruas. É obvio que estamos aqui trabalhando com dados bem hipotéticos, com exceção do número de votos da senhora marxista-leninista que foram retirados do site do TSE, mas estou tentando forçar um ambiente imaginável e plausível. Vamos agora, pensar que esses 15 milhões votaram no VAR-Palmares, quer dizer, na Dilma. Sobrariam ainda, cerca de 32 milhões de eleitores que apoiam as idéias dela! Então, para quem votou nela, que chupem meu vascularizado caralho!
Uma pequena nota histórica sobre plebiscitos, referendos e constituintes...
No dia 6 de janeiro de 1963, foi realizado um referendo para definição do futuro político do país, com a população votando pela continuidade ou não, do parlamentarismo. Aqui peguei um dados bem interessantes:
Total do Eleitorado: 18.565.277;
Comparecimento do eleitorado: 12.286.355;
Sim: 2.073.582;
Não: 9.457.448
Brancos: 284.444
Nulos: 470.701
Desse ponto em diante, não sei como ocorreu o processo, já que o parlamentarismo foi vencido, e foi instaurado o presidencialismo; mas no fim que ganhou foi o golpe de 64!
Em 21 de abril de 1993, depois do Fora Collor e a Juventude Cara-Pintada, foi realizado um plebiscito para medir a febre da população ver o que a população pensava ser bom para o Brasil, quanto a forma de governo:
Formas de governo:
6.790.751 (10,26%) Monarquia
43.881.747 (66,28%) República
6.813.179 (10,29%) Brancos
8.741.289 (13,20%) Nulos
Sistema de governo
16.415.585 (24,79%) Parlamentarismo
36.685.630 (55,41%) Presidencialismo
3.193.763 4,82% Brancos
9.712.913 14,67% Nulos 
Totais
90.256.461 - Eleitorado
66.209.385 (73,36%) - Comparecimento
22.721.403 (25,17%) - Não Comparecimento
551.043 (0,83%) - Trânsito
No dia 23 de outubro de 2005 houve o referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo, munições e coisas do tipo, a população disse não à proposta de alteração da Lei 10.826/2003.
Eleitorado: 122.042.615
Comparecimento: 95.375.824
Abstenções: 26.666.791
Válidos: 92.442.310
Sim: 33.333.045
Não: 59.109.265
Brancos: 1.329.207
Nulos: 1.604.307
Sobre essa tal reforma política, ainda tenho algumas considerações a fazer, a pesar de ser algo um tanto quanto obscuro ainda, já que uma das propostas partiu da sociedade cível, no dia 24. Essa proposta elaborada por uma malta de canalhocratas conhecida como Ordem dos Advogados do Brasil, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Em geral a proposta é interessante, mas certamente podem haver melhores. Se o Congresso não fosse tomado por um bando de corruptos, ladrões, filhos da puta, sofredores do já supra citado paumolismo moral. Com algumas poucas exceções!E quero terminar, justamente falando das exceções.
Vejo uma população desesperada querendo mudança, mas também vejo uma população que já teve opção de mudança e optou por não fazê-lo, em 2006 quando tivemos a chance de colocar na presidência um dos caras mais fodas que já apareceu na história política moderna desse país, o senhor Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho! O caralho que é, e tão pouco seria o senhor Joaquim "Barbatman" que é endeusado por fazer um bom serviço no STF, estou falado sobre o Senador Cristovam Buarque, que obteve 2.538.844 votos, menos de 3%, na eleição presidencial de 2006, quando a população preferiu a continuidade do governo chupa-esquerda do Lula (dados aqui).
E por último, o que resta é o recadinho bem humorado da presidente: Deixem o quarto arrumado depois de brincarem e se comportem na frente das visitas!
Eu odeio estar aqui!

PS: havia escrito ainda mais coisas, no entanto isso está muito longo, fica material guardado para um outro post!

Som: Titãs - Vossa Excelência;
Livro: Reaja - Cristovam Buarque (pode ser acessado gratuitamente nesse link);
Filme: Nunca fomos tão felizes - Murilo Salles (1984);

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Volta pro facebook, ou, FawkeszumbimoorelampiaoloydVpaumolista

Falando mais sobre os protestos então, porque é mainstream e quero ficar famoso!
Não, mas sim!!
Vou começar com esse lace de Guy Fawkes. Conheci esse tal "revolucionário" nos idos de 1995 ou 1995, quando tive em minhas mãos uma edição de V de Vingança, uma obra prima oriunda das mãos de Alan Moore e David Loyd. Claro, quando li nem sabia de Guy Fawkes, era só o V, mas depois bla bla bla... Eles é, ele são, sei lá, um puta herói, mas não entendo porque utilizar essa máscara durante as manifestações, porra, se quer usar uma máscara de herói, temos uns bons por aqui, tipo Zumbi dos Palmares e Virgulino Ferreira. Melhor ainda, se você é um trabalhador da classe média que se fode com toda as merdas que o estado faz pra você, ou ainda, se não é um burgues egoísta ou dependente acomodado e subornado pelo assistencialismo do governo, caralho você é um herói e deveria usar uma máscara de você mesmo! Tenha orgulho de você!
E falando/escrevendo em orgulho, acho um barato esses revolucionários da internet (não o pessoal do Anonymous, que adotou a máscara como simbolo, porque respeito o ativismo deles), que até ontem estavam dizendo que o Brasil é uma merda que nunca vai ser nada, quero ir pra Europa, Inglaterra triunfa, e merdas desse tipo; mas agora, com uma boca cheia de ignorância, afirma: Orgulho de ser brasileiro! Quero que seu cú pegue fogo!! O Brasil não mudou agora, tem gente lutando a muito tempo, 5, 10, 15, 20, 30, 70 anos (e que caralho é esse de insistir em manifestação dos jovens, manifestação da geração Y)... se você só se deu conta agora, de que as coisas estão erradas, ou melhor, só agora que virou moda ser "ativista", só agora que você não quer ser chamado de vândalo, quando até ontem você estava chamando as pessoas que lutavam também pelos seus direitos de vândalos. Você que saiu do facebook e foi para as ruas, para ficar no celular cobrindo tudo com exclusividade pelo twitter, bater fotos no local e publicar no instagram, etc... Você que saiu do facebook e foi para as ruas para depois voltar e ver se apareceu, ou se aparecer, no facebook. Você está de parabéns, é assim mesmo que se faz revolução!
Estava acompanhando uma passeata por essas câmeras ao vivo, e fiquei impressionado com as 300 pessoas caminhando, olhando par baixo, para seus brilhantes celulares. Coisa linda!
Esses revolucionários do facebook que vieram para as ruas, e proíbem a utilização de bandeiras de partidos e sindicatos, deveriam analisar melhor suas reivindicações e maneiras de protestar. Esse pessoal com as bandeiras estão lutando desde antes de você brincar de ser outra pessoa no chat da UOL. Sou completamente apartidário, acredito no caos, um utopista que quer o mundo governado pelo Hulk cinza, ou um dinossauro falante, e não vejo problema algum em partidos apoiando as manifestações, vejo problema em partidos usando isso para se autopromover. Claro, a linha é tênue, mas existe sim uma diferença!
Não concordo nem um pouco com esse negócio de Onda Vermelha, afinal, parece título de filme porno de menofilia. Mas é um direito do pessoal de esquerda se manifestar, e dizer que sim, tem gente que apoia o governo, a Dilma, e o Brasil ta indo pra frente, e aquele bla bla bla petista! Sei lá, é uma democracia que eles dizem ter lutado tanto para conseguir, eles tem o direito à manifestação, tanto quanto os outros mentecaptos religiosos que se manifestaram apoiando a cura gay!, tanto quanto todos os manifestante sem nenhuma, ou todas as reivindicações do universo!
FOCO caralho!!!!
Tem muito mais coisa pra escrever sobre isso que chamam de primavera, no entanto...
Tem um bando de idiotas lá fora, e sempre vão ter imbecis lá fora, que estão protestando contra o preço da ração, contra o corte da internet, simplesmente protestando para aparecer no facebook, ou só pra dizer que está se manifestando sem nem saber porque... um bando de idiotas vivendo no mundo de propaganda de sorvete, sofrendo de paumolismo crônico!
eu odeio estar aqui (e ficou faltando escrever sobre mais um  monte de coisas)!

Música: Plebe Rude - Mentiras por enquanto;
Filme: Das Leben der Anderen - Florian Henckel von Donnersmarck (porque você não deve se envolver com coisas com as quais não é capaz de se tornar responsável);
Livro: Manifesto do Nada na Terra do Nunca - Lobão (não vou escrever nada do livro para não ter um bando de orelha-seca criticando a partir de frases tiradas do contexto);

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Mito da caverna, ou, o novo fascismo de extrema esquerda de direita

"um pequeno grupo tenta mostrar a realidade, e confrontá-la, e o grande grupo que permanece omisso e submisso, usa seu braço armado para rechaça-los..."

Tem um zilhão de coisas para escrever/falar sobre essas manifestações que tomam o país, mas vou tentar ser conciso e direto, sem ser muito prolixo...
Se isso não fosse matéria de jornal, estampado e publicado em todos os cantos, poderia ser uma revisão do mito platônico da caverna. Como alguém disse "isso parece um sonho adolescente". E com certeza parece mesmo, um estopim de "só vinte centavos". Claro que não era necessário nem mesmo esses vinte centavos, um acúmulo de opressões e supressões de um governo que se utilizou das bases oprimidas e minorias para chegar ao poder e depois mostrar sua verdadeira face: fascista!
Um fascismo, ironicamente, de extrema esquerda de direita!
Mas há um fato que me perturba em tudo isso que ocorre, é o fato de tratarmos "a liberdade" como um direito; um direito desses que temos pela manutenção do Estado!
No entanto, a liberdade não é um direito como esses citados a cima, a liberdade não é um direto que deva ser fornecido pelo estado, mas o contrário disso. Liberdade é um exercício de cada individuo, de cada grupo, cada associação humana, que o estado não tem o direito de coibir!
A liberdade não está atrelada ao estado, liberdade é uma obrigação dos seres humanos, que, infelizmente pouco sabe sobre ela e como exercê-la de maneira correta e eficiente.
Liberdade não é uma obrigação do estado dada à população, liberdade não está atrelada ao estado, liberdade é uma obrigação do individuo, é uma obrigação dos seres humanos, infelizmente pouco se sabe sobre ela e como exerce-la de maneira correta e eficiente.
Saímos da caverna, isso é fato! E cada um de nós, cada membro particular do Estado, tem o dever, a obrigação de se manifestar, seja da forma que for. Pois estar calado é ser conivente que toda a porcaria que temos sido obrigados a engolir desde de muito tempo! Se você é contra todas as manifestações que têm ocorrido Brasil à fora, também é seu direito, mas com certeza, você deveria sair da sua bolha de conforto, antes que ela estoure!
Liberdade é uma valor muito caro, e se existe algo pelo qual se deva lutar sem medir esforços, é ela! E minha interpretação de realidade mostra que é exatamente isso que estamos fazendo de norte a sul, leste a oeste, lutando pela liberdade de sermos contra esse governo fascista que preocupa-se apenas com a opinião pública internacional, indicadores da ONU, e coisas do tipo. Estamos lutando pela liberdade de expressão, pela liberdade de opinião, pela liberdade justiça, uma justiça que seja livre para prender o culpados, indiferente do seu cargo/laço político, ou conta bancária.
Não é a hora de ficar se dividindo, é hora de somarmos, agora somos todos membros de uma mesma massa, uma massa de insatisfeitos, uma enorme multidão enfurecida com a indiferença dos governos, do estado.
Somos todos um! 
No entanto, ainda temos uma grande massa de conformados, conformistas, de idiotas neo-liberais, de imbecis vermelhos de esquerda, uma corja que tenta rotular todos aqueles que vão para as ruas lutar pela liberdade, de vândalos!
...é por isso que eu odeio estar aqui!

Música: RATM - Freedom
Livro: Anarquia, Estado e Utopia - Robert Nozick (traduzido por Ruy Jungmann): O estado é realmente necessário?
Filme: Edukators, de Hans Weingartner







quarta-feira, 12 de junho de 2013

Sturm Und Drang, ou, foda-se o Dia dos Namorados

Foda-se é um dia como qualquer outro, com a exceção de que nesse dias as mulheres que possuem um cônjuge esperam por flores e presentes, e os homens que possuem uma cônjuge tem uma espécie de obrigação moral de dar flores e (do tipo inclusivo) presentes.
Dia onde um monte de gente que não têm ninguém reclama das pessoas felizes por terem alguém.
Pra começar, volto no discurso que essa coisa que maciçamente chamam de felicidade não existe. Segundo, se você gosta de alguém, não existe dia específico para demonstrar isso. Se demonstrar isso todo dia, dia 12 não passa de mais um dia.
Para as pessoas que passam o dia se melado e melando os outros sobre o quanto a pessoa que está com ela é perfeita e todo bla bla bla. E que daqui  a dois dias está reclamando dela por se atrasar cinco minutos, bem, tomará que o satanás enfie um cachorro na sua bunda e te faça latir!
Palavras como "eu te amo", "para sempre", saem fácil da boca de pessoas vulgares. No entanto é necessário entender que "te amo" não quer dizer "vamos foder". "Para sempre" não quer dizer "daqui a duas semanas nem sei mais quem é você". Muitas vezes percebo que ao proferir um "seu cú" coloco mais sentimento que muito "amo" por aí!
Isso tudo pode parecer um texto recalcado, cheio de um cornismo estúpido e tudo mais. Mas é justamente o contrário, é um manifesto pelo romantismo. Dia dos namorados, ou 12 de junho, não é a porra de um dia para você ficar pagando pau de romântico nas redes sociais! É só mais a porra de um dia criado para aumentar as vendas de flores, consumo de jantares, velas, lingeries, reservas de motéis e todas essas merdas!
Não acredito em santos, um desses tantos Valentins ou Antônios, arranjando enamorados por aí, ou trocando cartinhas!
Compre rosas e ou presente, e receba rosas e ou presentes, como qualquer outro dia. Melhor ainda, faça por merecer, seja legal, seja cúmplice e todo dia será um bom dia para essas coisas.
Infelizmente as pessoas estão pouco se fodendo para as coisas legais (não no sentido jurídico), corretas, boas, e tudo mais! É por isso...
...que eu odeio estar aqui!

Música: Wheatus - Teenage Dirtba (uma lição bem humorada de cumplicidade);
Filme: The Loved Ones (iria recomendar o Moonrise Kingdom, mas já havia recomendado-o);
Livro: Qualquer coisa de qualquer movimento romântico vale. Sturm Und Drang, porque todo mundo, absolutamente todo mundo, precisa de mais tempestade e ímpeto ou paixão!

Estética pseudo cinefilô, ou, miólos mais miólos

Adoro assistir filmes.
Na verdade, penso que a maioria das pessoas gosta de ver filmes, e realmente não conseguiria entender alguém que afirmasse não gostar. Tudo bem, existem sim prazeres maiores. Mas é legal ver filmes! E esse é o ponto.
No entanto, e não sou nenhum crítico de cinema, muito pelo contrário. Vou falar apenas das impressões que tenho à cerca do cinema atual, sem nenhum tipo de conhecimento específico, a não ser o de ver muitas e muitas coisas...
Adorava o Sr. Burton e o Sr. Tarantino. Hoje acho chato, tedioso, enfadonho, repetitivo. Clichê! Essa sim é a palavra. Viraram moda, se venderam, se banalizaram. E isso pode-se notar há muito tempo, até mesmo quando eles eram bons. Vejamos o exemplo do Sr. Burton, que sempre usou o meso tipo de estética em seus filmes, de diferentes gêneros. As roupas do Coringa e do Beetlejuice, Beetlejuice, Beetlejuice (escrevi e  falei três vezes e ele não apareceu) possuem o mesmo corte, pequenas mudanças, com exceção da cor, obviamente. Um início de carreira, de longas, voltados para comédia e tal, e logo após Beetlejuice ele volta a temática abordada em seus curtas, umas coisas mais vicentpriceanas, mais sombrias... E foi ótimo. Mas não deveria ser uma receita para vida toda. E não foi. Um salto gigantesco para o nonsense multicolorido. Se voltou para um dos males do cinema contemporaneo, que vou falar logo ali em baixo.
E o Sr Tarantino, heim, heim, um grande copista do cinema oriental, e muito antes de Kill Bill, que por sinal, assisti apenas ao primeiro volume, é chato de mais para me interessar em saber o fim da história. Reservoir Dogs, Pulp Fiction e Jackie Brown, são filmes fantásticos. Assassinos por natureza, que foi escrito se não me engano em 1994, tem uma história que é quase futurista pensando na mídia dos reality shows de hoje em dia. E deu! Claro, o que todos esses filmes têm em comum: violência. O que foi levado a um nível hiperbólico, completamente desnecessário. Quem conhece um pouco de cinema gore asiático, principalmente de Hong Kong, sabe o que é isso. Depois disso, tudo vira clichê, tudo se torna um exagero de violência que se torna maior do que a história em sí, existe uma história que serve apenas para levar a mais violência. Não estou reclamando de filmes violentos, afinal, passei boa parte da infância e adolescência assistindo a filmes como Faces da Morte e Traços da Morte, e sou muito fão de filmes gore. Mas os filmes gore têm um história que justificam a violência, e não uma história para justificar a violência!
E por fim, e não tenho vergonha de dizer isso, eu não gosto de Tim Burton e Quentin Tarantino, e digo mais, quero que o diabo coloque fogo no cú deles, e que assim eles voltem a ser criativos e inovadores como foram na década de 80 e 90.

Por que esse é um dos males do cinema contemporâneo. Falta de originalidade, de criatividade! Bons roteiros são raríssimos, temos centenas de adaptUações de livros bons, excelentes, péssimos, best-sellers. Adaptações de peças de teatro e musicais, adaptações de quadrinhos, releituras de bons filmes de países que não têm um nome forte na produção cinematográfica, e disso tudo resultam coisas medonhas, grosseiras, coisas que me dão náusea, ânsia, diarreia cerebral. Não estou dizendo que não existam mais filmes bons; existem sim, mas somos inundados por centenas de releituras, de reproduções, de cópias da cópia, muito ruins.
A moda corrompe tudo!
E isso nem é um universo tão afastado. Olhemos por exemplo o que ocorreu por aqui com esse tal de favela movie (odeio esse termo), tivemos uma enxurrada de coisas assim, todos seguindo a mesmice, a fórmula mágica da chatice! Cidade de Deus é um puta filme, e por isso mesmo não precisava se desdobrar, e continua se desdobrando até hoje, felizmente com menos intensidade, em zilhões de outros filmes!

FAVELA MOVIE!? Quem deu essa porra de nome para classificação de gênero? Década de 80 era o que mais tinha, todo filme policial e de ação americano era sobre gangues, pessoal de território, mafias locais, e essas coisas. Ninguém chamou de gueto movie, chinatow movie, little italia movie, desejo de matar movie, e qualquer merda dessas. Eram filmes de ação, filmes policiais. Mas não!, aqui algum imbecil com a cabeça enfiada na bunda peida "favela movie" e o pessoal inala e adora! Um bando de gente que sempre falou pessimamente de um cinema que nunca conheceu, simplesmente pega um rótula americano e abraça! Fodam-se todos vocês!
Isso me leva ao ponto conclusivo. Porque gosto de filmes de zumbi?! Simples, estão na moda.
Não, não é isso. Não lembro ao certo qual foi o primeiro filme de zumbi que vi. Mas foi muito cedo, e faz muito tempo. A volta do mortos vivo, Cemitério Maldito, Um morto muito louco, algum Romero da década de 80, não sei, e também não faz lá muita diferença. Adorei, era fantástico! E depois fui amadurecendo e entendendo mais desse universo místico africano, e tudo mais, Fui aprendendo sobre a história dos filmes de zumbi. A primeira vez que participei de um zumbi walk foi em meados da decada de 90 e parecia mais um bando de gente saindo do clipe de Thriller, não essa monstruosidade comercial que parece um encontro de figurantes de Walking Dead. Bom, resumindo, gosto de filmes de zumbi porque eles são os que melhor retratam a sociedade humana. Um gigantesco bando de criaturas infectadas, que vivem apenas para consumir, sozinhas são desprezíveis, numa grande massa, consomem o mundo todo.  Não tem condições de pensarem no seu estado deplorável, na desgraça que são suas existências! No entanto existe um pequeno grupo que não é assim. Um grupo que resiste, que tenta salvar a humanidade infectada de um fim trágio, uma resistência que luta todos os dias contra isso, mas que no fundo sabe que não há como mudar isso. Existem apenas dois fins, ou você se torna um errante (ficar vagando por aí, sem saber qual sua finalidade, o que é a sua vida, fica errando apenas pelo consumo), ou mete uma bala na sua têmpora! E isso não seria nenhuma vergonha, nenhum fracasso, você apenas não quer ser conivente com esse mundo impossível de ser curado. Não há cura!!
Então, você é um zumbi ou um suicida em potencial?
É por isso que eu odeio estar aqui!

Filme: Fido - qualquer comentário estragaria o filme.
Música: The Arrogant Sons of bitches -  uma banda de ska punk muito divertida de ser ouvida.
Livro: Max Brooks -  ele têm três livros publicados no Brasil (Guerra Mundial Z, Guia de sobrevivência a Zumbis: Ataques Registrados, Guia de sobrevivência a Zumbis: Proteção total contra mortos vivos) e todos eles são muito bons de serem lidos. Um deles até está virando filme!!

domingo, 9 de junho de 2013

Filosofia Bill e Ted, ou, uma espécie sucinta de trechos autobiográficos

Sei lá, são quatro e meia da manhã de domingo, e domingos são sempre assim, domingos. E hoje não estou afim de cozinhar, arrumar a casa, limpar o quarto, nada dessas coisas de domingo, e o pior, nem com vontade de beber (espero que isso passe até o meio-dia).
Aconteceram umas coisas esquisitas nos dois últimos dias, pessoas perdem tempo de suas vidas lendo isso aqui, e esperam que eu escreva coisas; além disso, ajudei um cachorro, provavelmente sem lar.
Normalmente as pessoas esperam que eu bata em crianças e chute cachorros pela rua, deve ser por causa do cabelo, da barba, das músicas e da cachaça. Para essas pessoas, bem, espero que o cú delas pegue fogo, ou coisa assim... Essa falta de valor cultural, retratada pelo número de conceitos assimiladas por máquinas de manipulação de massas que essas pessoas possuem é muito estúpido, perdem um tempo importante de suas vidas, julgando a vida dos outros que eles sequer se dão ao trabalho de, minimamente, conhecerem.
Eu faço boas ações, não com frequência, obviamente. Afinal, sou um ser humano. Mas não preciso de motivos pra isso, não por tentar salvar minha alma pecadora do Tinhoso, ou coisas assim, até porque nem acredito em alma, inferno, capetas e essas merdas todas!
Isso também têm muito a ver com o fato das pessoas sempre me perguntarem porque estou irritado, mal-humorado e coisas nessa linha; o que é um erro, normalmente estou só apático, e não vejo, na vida, no mundo, em tudo, motivos para se ficar rindo. Felicidade, alma, Saci, são coisas que coloco no mesmo cesto: o cesto das coisas em que não acredito!
Se meu riso não é algo fácil, a quantidade de merdas que saí da minha boca, e dos dedos também, é inversamente proporcional. Isso me faz pensar que, biologicamente falando, minha boca e meu cú tem funções bem parecidas.
Não, não é assim. Mas é quase.
Geralmente quando não tenho muito sobre o que escrever, acabo escrevendo bastante.
Minha conta do facebook está desativa, então não consigo mais anunciar novas publicações por lá, mas o twiter ainda estou usando. Escrevi isso porque algumas poucas pessoas me perguntam porque deixei de usar o facebook. Simplesmente porque gosto de rock e isso me faz ser diferente dos outros e demonstram que sou mais inteligente! Não, não é por isso. Isso é uma resposta cult demais, e não gosto de gente cult, quero mais que o Capeta carregue essas pragas pro inferno. Parei de usar simplesmente porque estava chato, enfadonho. Concordo que têm muita informação legal lá, mas em contra-partida, perde-se muito tempo que coisas desnecessárias, e além disso, tem uma exposição esquisita lá, sei lá, coisa assim...
Resumindo tudo isso (tinha vários outros rascunhos para publicar antes, mas acho que esse texto sem edição ficou tragável): não faço boas ações para me destacar ou esperar algo entroca, faço-as pelo mesmo motivo que faço merda: me dá vontade. Infelizmente não sou tão intolerante quanto pareço. Por mais bizarro que pareça tem gente que lê isso e pede para que volte a escrever. O mundo é um lugar triste com muita gente estúpida. Apesar de não ter salvação, o mundo ainda tem gente legal! E para aquelas que não são legais, espero que o Diabo bote fogo no seus cuzes!!

Eu ainda odeio estar aqui!


Livro: Die Geburt der Tragödie (O Nascimento da tragédia) - Nietzsche (pelo simples fato de tratar o pessimismo como algo que não é tão ruim quanto o teor que a palavra em si passa);
Som: Rilo Kiley - Absence Of God (tenho ouvido muito Rilo por esses dias, e é bem legal);
Filme: Moonrise Kingdom - Wes Anderson (...It's been proven by history: all mankind makes mistakes.);

terça-feira, 21 de maio de 2013

Sociedade de consumo e valorização da falta de valores

Conversando com umas pessoas ontem, falando sobre como as pessoas forçam suas aparências e bla bla bla, todo mundo sabe o que isso quer dizer, formulei o seguinte:

"Invariavelmente, toda carruagem de cristal não é nada além de uma abóbora!"

E achei bem legal.

sábado, 20 de abril de 2013

o fantástico monstro sub-cerebral que se alimenta de ódio, rancor e álcool!

o desespero
a falta de espanto
o valor
as ideias inquietas entre pensamento e dedos
uma generosa dose de conhaque que chega ao fim
o que move sua vontade?
o que te estagna?
o que te espanta?(se é que algo ainda espanta alguém)
um mundo complexo de problemas reais
um mundo real de problemas complexos
um real problema de mundos complexos
um complexo problema de mundos reais
... e uma variedade finita de variações que nos levam ao mesmo lugar sobre perspectivas diferentes
realidades adaptadas
reconhecimento de padrões
nomes, títulos, obras, autores
verdade?
o que seria esse vago vampirismo que me acomete?
verborragia, vomito de palavras com o intuito de esvaziar o que se acumula numa massa cefálica corroída por uma vida decadente, cheia de erros, de complexos erros que simplesmente tornam você, quem você exatamente é
ou algo muito próximo disso
boa noite, boa sorte
até mais e obrigado pelos peixes
sempre use citações, afinal, alguém já escreveu melhor que você antes
"A tempestade agora havia realmente enfraquecido e, se ainda havia sobrado algum trovão, estaria agora roncando sobre colinas mais distantes, como um homem que diz: "E tem outra coisa..." vinte minutos depois de admitir que perdeu uma discussão." - Douglas Adams

quarta-feira, 6 de março de 2013

Show da Xuxa, ou, não tenho preço!?


O diário de um fracassado
Primeiro dia: 06/03/2013 – 01:53

Isso pode ser um plágio de o Derrotista de Joe Saco; ou alguma história de vida de alguém nascido na famigerada década de 80; ou algum grito surdo suburbano de classe media filiada a partidos de extrema ou meia esquerda; ou pode simplesmente ser um diário de um fracassado.
Ser bem-sucedido hoje envolve uma terrível gama de flata de ética, moral e princípios básicos, logo, não sou um sucesso, muito pelo contrário, sou um fracasso! e não me envergonho nem um pouco, muito pelo contrário, me orgulho!
Afinal de contas, “ é preciso falar dos fracassados...”
E você que está lendo? Prefere ser uma pessoa de sucesso, com todos esses vícios e vicissitudes morias e éticas? Ou prefere ser mais um fracassado em meio a multidão? Com se fosse mais um artista circense de sinal, ou um dependente pelas ruas?
Poderiam me considerar um fracasso pelo meu vestir?, pelo meu prostrar?, pelo meu falar-pensar? Penso piamente que SIM. E não me envergonho disso!
Seria alguém plenamente capaz de diferenciar os fracassados dos playboys que comem todo mundo?! Seriam alguns desses que se consideram o suprassumo capazes de olhar para algo abaixo de seus umbigos?
Seria alguém capaz de diferenciar o que se é, pelo que se vende?
Você é?
Ou você se vende?
... 04:42

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Mundo livre, ou, o mundo que aí está

"De vez em quando é bom falar dos fracassados", como á dizia o velho sábio hindu Fred Zero 4.
Poucas coisas podem ser tão deprimentes quanto uma folha em branco, mesmo ela estando em formato digital e não ser exatamente uma folha. Poucas coisas mais estúpidas do que uma inteligência segura de si, pensando que rapidamente vai preencher esse espaço em branco com algo, minimamente, interessante.
A internet hoje nos fornece uma falsa-liberdade muito interessante para as manifestações de idéias e opiniões, gostos e desgostos sobre tudo aquilo que se dispõem a nossa volta. O senhor Assange disse: "...Portanto, não há uma separação entre sociedade, indivíduos, Estados e internet. A internet é hoje o alicerce da sociedade e conecta os Estados além das fronteiras. Conhecimento é poder.
A comunicação entre indivíduos ocorre pela internet. Sistemas de telefone estão na internet, bancos e transações usam a internet. Colocamos nossos pensamentos mais íntimos na internet, detalhes, como diálogos entre marido e mulher e até nossa posição geográfica. Enfim, tudo é exposto na internet. Isso significa que grupos envolvidos na vigilância em massa realizam uma apropriação enorme de conhecimento. Esse é o maior roubo da história.
A Google sabe o que você estava pensando. E sabe o que você pensou no passado, porque quando você quer saber algum detalhe, busca no Google. Sites que têm Google Adds, ou seja, todos os sites, registram sua visita. O Google sabe todos os sites que você visitou, tudo o que você buscou. Ele te conhece melhor que você. Você sabe o que você buscou há dois dias? Não. Mas o Google sabe. Alguém pode dizer: o Google só quer vender publicidade. Mas, na realidade, todas as agências de inteligência dos EUA têm acesso ao material do Google. Eles acessaram isso em nosso caso.(…) Países como a Islândia têm uma penetração no Facebook de 88%. Mesmo que você não esteja no Facebook, seu irmão está e está relatando sobre você..."
A famigerada geração Y (que reconceituou poesia, te amo e blues, como sexo, sms e moda), que têm tudo isso nas mãos, parece mais interessada em mimetizar às efemeras circunstancias virtuais no, quando possível, mundo físico, ou ficar mimetizando pelo virtual mesmo. Centenas de yottabytes de conhecimento, trocados por ficar (mais uma apropriação ridícula de termos) stalkeando em redes sociais! Esse falso livre pensar é utilizado pelos novos pseudointelectuais (e eu muito provavelmente me enquadro na mesma corja nojenta) para, sei lá, lhes deixar ainda mais bitolados!?
As críticas aos responsáveis legais que os obrigam a realizar atividades cotidianas são maiores do que críticas ao governo/estado que está aí defecando nas nossas bocas e mentes, impunemente. Ajoelhem-se enquanto colocamos nossos "cuzes" nas suas bocas! E para mim, todo aquele que exige que nos prostremos de joelhos, ou é um tolo ou um covarde, ou ambos!
Tudo bem, concordo que não é culpa da geração Y, minha geração também têm uma grande parcela de culpa nisso, assim como todas as gerações anteriores. Algumas pessoas ainda tem o hábito de levantarem suas vozes por motivos válidos, que não Justin Bieber de cabelo raspado ou fumando maconha, ou a Britney Spears indo ao mercado com a blusa manchada, ou qualquer uma das bobagens que viram noticias mundiais e contaminam ainda mais a rede mundial de computadores... Aquela velha história: Viu aquele vídeo engraçado no youtube? Sim! Viu quem é o presidente do senado? O quê?!
O mundo está aí e pouca gente está prestando a devida atenção nele, há uma conspiração do estado apoiado por nós, para que não prestemos mais a devida atenção... é mais fácil para o estado e para nós!
"... E como já dizia a minha prima Catarina, Deus nos dê fígado, pois temos o planeta inteiro pela frente. Na verborragia do verso estoura o limite de ânsias Há um desquite que a metáfora não alcança..."
E eu ainda odeio estar aqui!!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sabedoria em quadrinhos, ou, cuzão!


Se alguém ainda não leu Wanted e quer ler, não leia esse post!!!

Uns anos atrás, 2005 ou 2006, li um editorial sobre o referido quadrinho, que salientava imensamente o peso das duas últimas páginas. E hoje lembrei o porquê disso, quando estava arrumando meus quadrinhos e decidi reler o Wanted.
"Prontinho. Té feliz Agora? Feliz em ver o mistério resolvido? Com o fodão aqui ficando com a gostosa, com uma fortuna e finalizando nossa história entre os mestres secretos do mundo?
Porra. Você é o maior cuzão, sabia? E tô falando por experiência própria. Afinal, ainda ontem eu também estava no seu nível de insignificância.
Fala sério, porque você se borra todo pela resolução da minha vida!
VocÊ se mata de trabalhar 12 horas por dia, engorda tanto se empanturrando de comida vagabunda... e sua mina, é quase garantido, tá dando para outros caras.
Só porque tem uma puta TV de plasma e a maior coleção de DVD's, isso não significa que que você é um cara livre. Ô filho da puta. Você não passa de uma capacho relativamente bem pago, como tantos outros fodidos por aí.
Até este gibi é um reles intervalo de 15 minutos na nossa manipulação da sua vida.
Você tinha certeza que o mundo foi sempre assim, não tinha? Infestado de guerras, fome, terrorismo e eleições forjadas.
Mas, hoje, ficou mais esperto, né? Enfim, se ligou no que aconteceu com os seus queridos super-heróis. E sabe qual é a grande ironia? Tá afim de saber o que me faz morrer de rir, agora que estou do outro lado?
É que você vai simplesmente fechar este gibi e comprar alguma outra coisa para preencher o enorme vazio que a gente criou na sua vida.
E esta, mano velho, é a minha cara enquanto meto no seu cú!"

PS: por aí dá para ver porque a adaptação de Wanted para o cinema, foi tão criticada. Eu gostei, como filme de ação, apesar de nada ter a ver com o quadrinho!
E a foto ficou ruim, mas é só para ilustrar mesmo!

domingo, 20 de janeiro de 2013

Motivação, ou, razoabilidade

E aí você gasta todo seu tempo e dinheiro
encontrando maneiras de perder o controle.
E aí você que sempre gostou de uma explicação razoável para as coisas
passa noites e mais noite em claro, em vão, procurando uma explicação minimamente razoável.
E aí ela está sempre ali, na sua cara, a maldita razão não razoável, se quer lógica
Se perder, mesmo por um curto período de tempo, é estar morto.