Não julgue para não ser julgado.
Acho que isso está na bíblia, por mais que seja bastante incoerente, afinal, também está escrito por lá, que no final, quando tudo que é vivo morrer, todos serão julgados, até mesmo os justos.
Bíblia à parte, é um bom conselho. Um conselho ético, e bastante sensato se você não quiser um bando de imbecis perturbando a sua paz o seu caos. Afinal enfiar o dedo na ferida dos outros é bem fácil e divertido... quando a ferida não é a nossa.
Claro que existe ainda uma saída linguística, mudando alguns termos e conceitos podemos dizer que não estávamos julgando, e colocar algum sinônimo bonito para sairmos da "pegadinha" como algum tipo, vergonhoso, de pseudo-intelectual, ou algum maldito cult-hpister.
Aprofundando ainda mais, o ponto seria algo como, porque a maioria das pessoas não sente, e ou fingi não sentir o peso e as consequências desses julgamentos? Porque a maioria de nós, seres humanos, facilmente aponta o dedo inquisidor e condena, condena e condena, como uma pistola de munição infinita? Porque simplesmente não apontamos o dedo para nossa têmpora e disparamos?
Penso que humildade/egoismo não caminhem muito por essa senda. Me parece algo mais complexo, mais denso, mais intrínseco a personalidade humana, algo mais próximo da nossa natureza destrutiva, da nossa natureza de nos matarmos.
O julgamento público, sem critérios, disparatado, serve como uma espécie de morta/assassinato o público, dentro círculos sociais, sejam eles grandes ou pequenos. Uma maneira, um tanto quando idiota, de abalar o ego do outro, com uma bigorna-hipócrita daquelas oriundas da ACME. Ou alguma coisa assim...
Espero muito estar errado. Espero muito conseguir disparar contra a própria têmpora
E no final isso ficou parecendo uma música do Bad Religion...
E eu ainda odeio estar aqui!