segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dia do Julgamento, ou, Ascensão social

Não julgue para não ser julgado.
Acho que isso está na bíblia, por mais que seja bastante incoerente, afinal, também está escrito por lá, que no final, quando tudo que é vivo morrer, todos serão julgados, até mesmo os justos.
Bíblia à parte, é um bom conselho. Um conselho ético, e bastante sensato se você não quiser um bando de imbecis perturbando a sua paz o seu caos. Afinal enfiar o dedo na ferida dos outros é bem fácil e divertido... quando a ferida não é a nossa.
Claro que existe ainda uma saída linguística, mudando alguns termos e conceitos podemos dizer que não estávamos julgando, e colocar algum sinônimo bonito para sairmos da "pegadinha" como algum tipo, vergonhoso, de pseudo-intelectual, ou algum maldito cult-hpister.
Aprofundando ainda mais, o ponto seria algo como, porque a maioria das pessoas não sente, e ou fingi não sentir o peso e as consequências desses julgamentos? Porque a maioria de nós, seres humanos, facilmente aponta o dedo inquisidor e condena, condena e condena, como uma pistola de munição infinita? Porque simplesmente não apontamos o dedo para nossa têmpora e disparamos?
Penso que humildade/egoismo não caminhem muito por essa senda. Me parece algo mais complexo, mais denso, mais intrínseco a personalidade humana, algo mais próximo da nossa natureza destrutiva, da nossa natureza de nos matarmos.
O julgamento público, sem critérios, disparatado, serve como uma espécie de morta/assassinato o público, dentro círculos sociais, sejam eles grandes ou pequenos. Uma maneira, um tanto quando idiota, de abalar o ego do outro, com uma bigorna-hipócrita daquelas oriundas da ACME. Ou alguma coisa assim...
Espero muito estar errado. Espero muito conseguir disparar contra a própria têmpora
E no final isso ficou parecendo uma música do Bad Religion...
E eu ainda odeio estar aqui!


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