quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal ou Loucos Monstruosos Gorilas Tóxicos!!!

É Natal, época de harmonia, alegria, presentes e sorriso no rosto das crianças. Um tal de Jesus de Nazaré, o ungido, nasceu a uns 2000 mil anos e hoje o vovô da coca-cola dá presentes pra todo mundo. As vezes me sinto meio confuso, normalmente muito confuso. Esse lance de tentar entender o mundo me deixa assim o tempo todo, eu tenho medo que vou fazer depois, do que vejo diante do espelho, do que sinto pela maioria das pessoas, do que sinto por poucas pessoas. As vezes penso ser extremista demais, hoje é um dia desses...
Muitas pessoas estão lindas e sorridentes e felizes e coisas assim, comprando seus presentes para seus entes queridos e amados, torcendo para receberem o que ja comentaram um zilhão de vezes que desejavam; comprando uma exorbitância em comida como se o próprio rei da Pérsia fosse banquetear com eles. E a maioria esquece que uma outra parte da população, e uma parte bastante grande, está faminta, em guerra, morrendo, sofrendo, chorando, coberta de agústia e dor. Que essa parcela da população não vai ganahar doces e adoraveis presentes, não vai se refestelar com a abundância de comida de um xaque, se é que vai comer, não vai sorrir e gargalhar em meio as piadas e abraços calorosos da família.
É, posso ser extremista, mas ser extremista não me permite ser hipócrita, e se me virem na madrugada do dia 24 para o dia 25, sem dar muita bola para o que está acontecendo na sala de jantar, é por que estou dando bola para o que está acontecendo com o mundo. Com essa sociedade de recoberta de falsidade e ganância, fada a falência, fadada ao câncer.
Mas não me olhe com pena, não me avalie como um derrotista. Sinta pena de sí mesmo, pois eu sou um utopista, sou alguém que desacredita completamente nessa "humanidade" que aí está, mais que acredita completamente na potência, no vir-a-ser das coisas. A maioria dos seres humanos não vale absolutamente nada (muito provavelmente estou entre esses); mas umas poucas dúzias deles são bons pra caralho, e esses merecem meu respeito e atenção, queria que eles dominassem o mundo... mas nunca vai rolar!
É natal, (quase) todo mundo vai gargalhar e sorrir e se esbaldar de tanto comer e beber; eu acho que vou entregar uns presentes, depois chorar e ir dormir, esperar que o Reveillon chegue logo e com ele um novo ano, onde certas de pessoas vão desejar um ano ainda melhor, mas que na verdade vai ser ainda pior que o anterior! Óh não, eu não sou um derrotista, infelizmente eu me sinto como um bom observador, livre de muitas interferências, vendo a sociedade como ela verdadeiramente se apresenta...
Eu Odeio (MUITO) Estar Aqui!!!
PS: mensagem de natal
( Sem amor. Sem esperança. Sem Futuro. 
E o Papai Noel está morto. Eu o matei. Matei ele com ISSO.
E deixei seu corpo fedorento numa caverna subterrânea onde é estuprado 
por centenas de loucos monstruosos gorilas tóxicos, a cada segundo, todo dia!)

FILMES: Especial de Natal, segue a lista: Uma Noite de Fúria (Santa's slay); O terror pode Esperar (Don't open till Christmas); Natal Sangrento (Silent Night, Deadly Night); Christmas Evil - You Better Watch Out; Noite do Terror (Black Christmas);
LIVRO: nenhum livro em especial, mas procurem ler coisas inteligentes durante os feriados e férias;
SOM: The Perishers - In The Blink of an eye (I wish I wouldn´t have to feel alone; I just can´t understand why you cared to stay; You never truly loved me anyway; I just can´t understand...);
MALDIÇÃO: hoje não tem maldição, só uma frase legal que ouvi de um amigo: Amor é a gasolina da vida... caro, dura pouco e pode ser substituído por álcool!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Hipermoda, ou, Destruição para Construção!

Nos ultimos dias tenho me dado conta de várias coisas que andava pensando erroneamente sobre o mundo e sobre as pessoas e sobre esse tal zeitgeist! Passei muito tempo odiando e lutando contra essa tal de moda, sem ao menos entender o que ela era. Hoje tenho uma visão mais clara e objetiva do que ela trata.
Não é um ser metafísico como Deus ou o Diabo, nem um força natural como a gravidade ou pressão; nem mesmo um paradigma social formado por um grupo hiperpoderoso de alcance global. Hoje vejo a moda como um meio de distribuição midía-social, de um padrão de gosto de um determinado grupo, crescente, que em dado momento é lançado para um grupo maior como exemplo a ser seguido.
Por exemplo, alguns anos atrás, gostar de zumbis, Star Wars, falar Klingon, ver sci-fi, e coisas assim era uma coisa ridícula. Hoje se você não assinala nenhuma das alternativa, bom, me desculpe, mas você não está a vibe do momento, você não é cult
O mundo anda dando tantas voltas que já nem é mais possível saber do que você realmente gosta, tudo faz parte de um hipermoda analisada por uma crescente indústria cultural que anda por aí vendo quais serão as "modas" do futuro próximo. Grupos (sociais) dominados passam para dominantes em questão de semanas, dias, horas. Se você piscar os olhos, muito demoradamente, tudo vai estar diferente, e nós, bem, nós vamos estar completamente perdidos.
Sempre pensei que tudo que precisávamos era uma destruição completa, para uma reconstrução renovada de valores. Vejo a hipermoda realizando essa destruição e reconstrução renovada, e não vejo a mudança. E isso me entristece abissalmente, mas tudo bem, gosto de sentir as coisas sempre na potência máxima.
Hoje tento ver se ainda há alguma diferença nisso que insisto em chamar de hipermoda e no velho zeitgeist. Mas vivo me perdendo nesses caminhos cretenses, procurando uma saída mas sempre encontrando uma besta, um monstro, um minotauro. Não acredito numa respota abosluta para esse recorrente conflito, na verdade, não acredito em resposta absoluta para merda nenhuma, com exceção da morte.
Essa hipermoda me aparece apenas mais um conceito oriundo de qualquer coisa que nosso velho McLuhan poderia ter escrito, um padrão de gosto de um pequeno grupo de vai se espelhando pela aldeia global, como um câncer, ou uma pereba. E ninguém mais se importa com ele, pois sabe que se essa pereba não pegar ou não lhe agradar, há uns cem números de outras vindas por aí, que possam melhor lhes satisfazer. Puro hedonismo!
E o zeitgeis, ele é apenas um conceito antigo que nunca foi entendido, que como a moda ou hipermoda, ou mesmo como uma prostitua, está por aí, trilhando o mundo a cavalo, satisfazendo que lhe pagar mais. E eu acreditava nele...
Por isso, digo e penso, cada vez mais: não confie em ninguém, exercite o complexo paradoxo da indiferença para com tudo e para com todos sem nunca se esquecer da atual problemática do mundo: os seres (des)humanos. E digo mais, que o honroso exército chinês domine o mundo e nos imponha sua vontade e que o magnífico exército da gloriosa República Popular Democrática da Coréia do Norte domine o oriente...
Eu Odeio estar aqui!!!


SOM: Everything Fades - Poets of The Fall (Ridículos pensamentos de pequenas tarefas. Tudo que uma vez respondeu às suas necessidades. O incosequente, mas carinhoso. O bondoso, mas cego. Tudo desaparece...);
FILME: Beleza Americana - It's a great thing when you realize you still have the ability to surprise yourself! (É incrível quando você percebe que ainda tem a habilidade de surpreender a você mesmo!);
LIVRO: Identidade - Zygmunt Bauman;
MALDIÇÃO: Esse negócio de segunda chance é puro devaneio, pessoas nunca mudam;