quarta-feira, 13 de abril de 2011

Misantropia seletiva, ou, a vida não é uma merda

Voltei, depois muito tempo, férias, coisas a resolver, e principalmente porque as idéias já começam a ficarem apertadas aqui dentro. Sem esses momentos de expressão acho que minha cabeça talvez exploda ou talvez me torne uma besta selvagem, ou talvez não aconteça nada. Por via da dúvida, prefiro não arriscar.
Muitas coisa que mereciam ser escritas aqui, coisas importantes que deveriam ser ditas, passaram e uma delas é o carnaval, mas isso deixo para o próximo ano...
Me deparei esses dias com alguém que disse ler essas coisas perdidas que aparecem por aqui, o que me surpreendeu, mas o que deixou ainda mais foi ela conversar sobre essas coisas. E num dado momento, ela deixa claro que sou uma pessoa presunçosa e arrogante, além de dizer que a vida é uma merda!
Parando para reler tudo que já escrevi por aqui, notei que erroneamente as pessoas podem inferir isso dos textos, mas digo, com certeza, que nunca afirmei que a vida fosse uma merda! Sobre minha presunção e egocentrismo não sei o que dizer, no máximo um: "não!"
A VIDA NÃO É UMA MERDA... Mas as pessoas, em sua grande maioria, e generalizando, são. Gosto sempre que possível de exercer minha misantropia, seres humanos tem muitos defeitos, centenas deles, em milhares de graus, e por isso me afasto. Mas tem um deles, apenas um, que me incomoda MUITO, e faz com que eu deseje MUITO odiar estar aqui... Educação, ou melho, a falta dela.
Falta da educação básica, aquela que recebemos de nossos, pais, avós, ou coisas que se assemelham. A boa educação, que hoje alguns kalinianos chamam de etiqueta (blagh), uuns bons bom dia, boa tarde boa noite; os velhos e eficazes com lincença, por favor, de nada, obrigado. Respeitar  filas, os mais velhos... Essas coisas, essas coisa tão importantes que se perderam pelo caminho é que me fazem odiar MUITO estar aqui...
Não pense em um ódio desesperador e sem razão de existir, pois não é o caso. Tenho visto que isso é um mal coletivo, assombra muitas pessoas. Esse mal oriundo de uma existência vazia, da carecia de significado e objetivo nas coisas e na vida, nesse mundo pós-contemporâneo ou extra-moderno. Fico olhando o mundo ao redor e fazendo milhares de centenas de perguntas, sobre os objetivos das coisas das pessoas e seus atos. Vidas futeis (isso também, muito certamente, incluí a minha) vivendo num eterno vir-a-ser e nada é, tudo parece um estado de torpor, mesmo com todo esse movimento ao redor, todo esse chamado desenvolvimento que se têm hoje, tudo parece continuar parado. Estagnado. Morto.
Isso não é por causa do mundo ou da vida, é por nossa causa, nos deixamos ser carregados por uma letargia vazia porém comoda, nossas mentes e corpos se acomodaram no vazio existencial da zona de conforto.
O mundo não é uma merda, o vida não é uma merda, os seres humanos são, e muito provavelmente sempre foram e sempre serão. Uma dessas exaltações racistas, que as pessoas chamam de piadas, retrata, ao menos para mim, esse sentimento para com os seres humanos, sejam eles da cor, credo, sexo, ou o diabo que o seja, pois sempre que trato de seres humanos, trato de criaturas monomórficas homogêneas, assexuadas e agnósticas. Esse sentimento em relação aos seres humanos não me torna um psicopata capaz de entrar numa escola cheia de crianças e assassiná-las sistematicamente, acredito sim que um mundo e uma vida melhor começariam com o fim de todos seres humanos, mas não dessa maneira. Suicídio Coletivo, eu aprovo essa idéia!
Misantropia seletiva, não é psicopatia, não é uma doença... então larguem esses malditos DSM e não me encham o saco...
Eu odeio estar aqui!

SOM: Heaven Beside You - Alice In Chains (porque se o paraíso está ao seu lado, o inferno vem com ele);
LIVRO: Scott Pilgrim Vs O Mundo -  e leia bem as entrelinhas, do contrário, ou os livros são uma bobagem sem tamanho ou você é!
FILME: The Sunset Limited;

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