quarta-feira, 14 de julho de 2010

Romance, Paixões, Amor e Zumbis, ou, Pena, Pincel e Veneno

"When one is in love, one always begins by deceiving one's self, and one always ends by deceiving others. That is what the world calls a romance" Oscar Wilde
Percorrendo, por esses dias, os maravilhosos corredores de uma livraria, deparei-me com um obra deslumbrante: Orgulho e Preconceito e Zumbis. Ora, Pride and Prejudice de Jane Austen já é uma obra excelente por si só, daquelas que enchem os olhos de lágrimas e o coração de dor. Agora coloque algo universalmente legal e divertido como zumbis e você quase que completamente a idéia pura do belo. Seria algo como refilmar os episódios IV, V, VI, de Star Wars onde todos fossem zumbis. Mas paremos com devaneios e voltemos ao devaneios lisérgicos. Orgulho e Preconceito, nos mostra as oscilações constantes dos romances e paixões e amores (e zumbis). Mas o que seriam cada um desses conceitos; seriam diferentes; seriam iguais, próximos, proximamente confusos; ou ainda, seria possível diferenciá-los sem cair em uma enfadonha verborragia? Penso que isso é bastante simples e em 3 ou 40 linhas estaria determinado, a problemática toda se desenrola quando dois, ou mais, decidem conversar a respeito e percebem que suas definições dos termos são diferentes, ou ainda pior, desenvolvem um diálogo longo sem jamais perceber que não falam sobre a mesma coisa.
O mundo, o puro caos, a confusão... como isso quase me faz feliz, feliz como o Sr. Spider Jerusalem ao ver um cachorro morto
É extremamente simples pensar em o que seria um romance, é só a hipérbole de um flerte. Quando algo simples de desenrola para aquele romantismo, que para alguns pode se piegas, para outros necessário.
Agora as Paixões, sim, as paixões, os venenos da alma e o ópio coração. Por paixões pode-se entender aquelas afetações que nos tocam introspectivamente pelas sensações que temos do mundo. Exemplificando: o ódio que sentimos ao ver os campos de concentração no leste europeu e paísecos do noroeste assiático desmebrados da CCCP (Союз Советских Социалистических Республик); ou ainda aquela sensação de um frio docemente caótico que percorre sua espinha ao olhar nos olhos de alguém que está sentido a mesa coisa, etc.
Sobre o amor a coisas tornam-se sempre muito problemáticas, afinal todos já tiveram um amor, mas é a dor que nos ensina a ser quem somos! Não há como definir amor sem levar em consideração todos aspectos introspectivos, dentre eles principalmente: Solidão e Felicidade. (Sempre use citações, porque alguém já escreveu algo melhor que você) O grande poeta Rainer Rilke define maravilhosamente nossa problemática: der Liebe, die darin besteht, daß zwei Einsamkeiten einander schützen.
O mundo se mostra, como sempre, da maneira mais problemática possível. E nós que estamos aqui para morrer e ter um história que deve ser destruída devemos ao menos ter força o suficiente para entender as mentiras, ou falsas impressões, do mundo. Não cabem tristezas, cada dia é uma nova aurora dentro de si mesmo, um amanhecer de oportunidades e desenvolvimentos. Certamente um último primeiro beijo pode ser um grande sacode na vida, mas isso é (como diria o Coringa) The Big Killing Joke!
Ninguém sabe que quer da vida, mas todos devem saber o que ela quer de nós, é algo bastante claro e objetivo! Deus não joga dados; Não existem coincidências; O Destino é inexorável! A vida quer unica e exclusivamente que você cumpra seu papel, o mundo vai colocar todos obstáculos possíveis.
Podemos concluir que no final, para que todos os obstáculos possam ser devidamente deixados para trás, pra que possamos observar os pequenos detalhes da vida de maneira clara e distinta, para que o mundo não possa nos quebrar é necessário estar só! E a solidão é a antítese da felicidade, se é que ela existe para aqueles que não são loucos, ou tolos. Então tudo é só uma questão de escolha! Morte e Vida; Destruição e Reconstrução!
O passado é a melhor maneira de estar regularmente reescrevendo suas prerrogativas e impertativos, mediando os caminhos e escolhas da sua vida:
"...É que hoje eu esqueci
Que era mais um dia
Pra viver sem você
E já que era pra ser assim
Antes não acordar..."
Muitas pessoas vão cruzar seu caminho, assim como cada um de nós vai cruzar o caminho de vários outros, mas as pessoas são assim, como os sentimentos e sensações do mundo, efêmeros. No entanto, ao pedir que alguém esteja ao seu lado, se feito da maneira adequada, pode ser grandioso. Algo como: Esteja ao meu lado, para que possamos reconstruir o mundo com uma barulho e uma fúria incríveis. Então, nunca desisto de acordar; por isso...
Eu odeio estar aqui!

(Pode ser até muita arrogância, prepotência e egocentrismo da minha parte, mas publicar algo para mim não é o mesmo que falar comigo? E essa postagem não é de qualquer forma uma resposta. Se precisar, sabe onde encontrar!) Não entendeu? Não era para você ler!

Livro: O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde (Por que sugerir esse livro ao invés dos quatro ensaios estéticos do livro a qual faz referência o título da postagem? Simples, eles são muito bons, mas técnicos além do necessário, aqui são indicações leitura introspectivamente relaxantes, ou não!);
Som: The Devil Wears Prada - Wapakalypse
Filme: O Feitiço de Áquila (pelo fato de que as paixões, às vezes, são as únicas coisas que precisamos para vencer os obstáculos do mundo);
Maldição: Amaldiçoou Gonzalo Torrente por estar certo em proferir as seguintes palavras: A pior solidão que existe é darmo-nos conta de que as pessoas são idiotas. (Essa é uma maldição boa, tão boa quanto ser infectado por uma mordida de zumbi! Se é que isso faz algum sentido);
Pergunta?

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