segunda-feira, 5 de julho de 2010

Expectativa, ou, Puro Niilismo

Um conhecimento prático recentemente adquirido é de que: a única maneira de não ficar decepcionado é nunca criar expectativas. Na maioria dos casos isso funciona, e funciona muito bem; nos torna mais capacitados a enfrentar as coisas que nos cercam. No entanto, em determinados casos, isso pode não funcionar, geralmente quando de alguma forma um outro está envolvido, claro que na maioria dos casos há um outro envolvido , mas aos casos que me refiro, o outro está praticamente amalgamado a questão, envolvido direta ou emocionalmente.
Nesses casos é importante analisarmos se estamos decepcionados com nós mesmos ou com os outros. Naturalmente os seres humanos decepcionam, é só analisar a realidade e os fatos concretizarão isso. Então para que nos tornemos melhores (ok, vou assumir que de alguma forma miraculosa isso seja possível) é necessário que os fatos sejam analisados clara e distintamente, para que desse modo saibamos quando estamos errados ou quando estamos certos.
Prefiro sempre ficar decepcionados com os outros, afinal eles são seres humano e destinados a decepcionarem. Isso não impede que acabe por decepcioná-los, mas quanto a isso não dou a mínima (modo FODA-SE ativado). Penso que Sartre estava errado ao pensar que: O Inferno são os outros. É muito mais claro pensar que o Inferno é dar importância aos outros, ou se permitir aos outros. O Inferno é isso tudo ao seu redor, e não seja burro, não existe um Paraíso (Paradise Lost - Milton).
Então é necessário que os outros sejam deixados para que devorem a podridão uns dos outros, que se afoguem na hipocrisia e miséria  (espiritual, intelectual, introspectiva, ou qualquer outra) uns dos outros.
O mundo esta aí sempre pra nos mostrar que não existe tristeza absoluta ou felicidade extrema. Desacredite dos momentos de contentamento, eles são efêmeros, ignore a tristeza pois até a fossa mais profunda coberta de lama, a pior queda e a dor mais dilacerante acabam por passar. Se faz necessário um completo niilismo, a descrença hiperbólica; acredite em si, nas suas prerrogativas e imperativos. Não confie em sorrisos e lágrimas, pois uma vida inteira de indiferença, se possível, é mais válida do que qualquer vidinha com efêmeros sentimentos.  
A decepção comigo, ou com outros, isso é indiferente, me diz apenas uma coisa...
Eu odeio estar aqui!!!

Livro: Amor Líquido, Sobre a fragilidade dos laços humanos - Zygmunt Bauman;
Som: Luxúria - Ódio (porque o ódio e a raiva levam ao lado negro da Força, que é muito mais divertido);
Filme: The Zombie Diaries (é praticamente a reinvenção do gênero, filme independente muito bem produzido);
Maldição: Amaldiçoou todo e qualquer afetação que faça com que as observações sejam prejudicadas, amaldiçoou a falta de firmeza de nossas prerrogativas, e também o quanto nos faz mal deixamos de agir conforme acreditamos ser melhor quando nos deixamos enganar por semblantes...

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