quinta-feira, 3 de junho de 2010

A saída e o mundo...

O mundo e a dor, o sofrimento e o prazer…
Nem tudo se objetiva para nós, o mundo é praticamente eterno, os seres humanos não. Mas que raios é um ser humano? Uma molécula de carbono numa caneca de barro cheia d’água no meio do universo? Um predador social antropófago?o agente, o avatar da destruição do mundo para o mundo? Dane-se tudo isso, o que importa, o que realmente importa, além de liberdade e paixões? Emancipação e Felicidade? Amor e morte?
A destruição das coisas para sua reconstrução, para sua reestruturação, a morte das coisas para seu nascimento… E o que teria isso a ver com os seres humanos? Simplesmente tudo. A necessidade da destruição,a morte dos seres humanos, para que desse modo se reconstruísse e atingisse a liberdade,e com ela, esvair-se das paixões; emancipado das paixões, não mais escravo dos desejos, atingira o “delírio universal” tornando-se uma espécie de louco contemplando o fim último dos seres humanos e sua “universalidade”, atingindo a felicidade; o amor objetivo dos seres humanos pelos próprios seres humanos e também o amor por sua finalidade, a morte! Para que todo esse processo inicie novamente… Então, que seja dito a plenos pulmões, por todos: Morte aos homens, vida longa aos homens!!!
Não viverei para ver isso, e sou grato, pois não acredito numa gota do que foi esclarecido, ou melhor, acredito em absolutamente tudo que foi dito até agora, que esse é o objetivo do homem, mas não acredito que em algum momento eles o façam, ou se quer o pensem.
Do que adianta tudo isso então? Me serve para desopilar a angústia, o desespero, o medo do dia seguinte, o medo do despertar, de abrir os olhos pela manhã e pensar: qual a atrocidade, a (des)humanidade nova será cometida hoje pelos seres humanos. E não adianta deixar de dormir, podem ter certeza, eu já tentei. Então supõem-se que a morte seja a saída? Sim, de certo modo , é ela a saída, pois nos retira do mundo, mas ele vai continuar ali, na sua quase eternidade. E isso se torna uma saída falsa, é apenas um afastamento, é uma pseudo-saída.
A única saída é o ímpeto, a vontade de mudança…

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